segunda-feira, 7 de maio de 2012

tantas horas



Gostava de ter 5 minutos para te olhar e dizer o que neste momento sinto.
Gostava de ter 10 minutos para falarmos sobre a ultima semana.
Gostava de ter 20 minutos para simplesmente estar sentada ao teu lado ouvindo o silencio dos nossos corpos.
Os 5 minutos são poucos, e os 20 insuficientes. Nunca verei o teu olhar nem ouvirei a tua voz com interferencia das ondas do mar. As pedras da calçada não têm histórias para contar sobre alguém que passou sobre elas, e o vento não se sentiu preso entre mãos entrelaçadas. No girar dos ponteiros do relógio não existirão olhares nem abraços, apenas silencios prolongados abandonados entre lárimas e dor na cama onde me deito todos os dias, e sonho com principes* encantados que não existem e princesas presas na torre da solidão, onde a bruxa má não existe e a distância é maçã envenenada!
Existem palavras escritas, em folhas nunca lidas, e caneta usada em vão a escrever no bloco de notas. Vale esse bloco em que as folhas nunca tem fim, para parar de escrever. A caneta rola como vento que dança na rua, com fluidez e leveza, escrevendo até as ultimas linhas que existirem...
horas, horas, tantas horas...

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